Observatórios oceânicos
O Golfo de Cádis foi o epicentro do terramoto de 1755. Afectou uma aréa de 800.000 km2, provocou a morte de cerca de 100.000 pessoas e foi, provavelmente, o maior desastre sísmico que afectou a Europa ocidental.
Nesta região, as placas tectónicas africana e europeia convergem e a região continua a ser sísmica e vulcanicamente activa.
É também o local previlegiado para investigar a entrada das águas do Mediterrâneo no oceano Atlântico, que afectam a circulação das águas profundas de Atlântico Norte. As características geológicas e oceanográficas desta região favorecem a presença de comunidades bentónicas muito diversas e desempenham também um papel central na distribuição de vários mamíferos marinhos e espécies de peixes.
As correntes das águas subtropicais e de afloramento afectam as águas superficiais e três massas de água distintas convergem para os níveis mais profundos. Enquanto que a Água de Escoamento do Mediterrâneo com as suas propriedades de maior temperatura e salinidade se encontra ao longo da margem entre 500 - 1500 m de profundidade, a Água Profunda do Atlântico Norte, mais fria e rica em oxigénio, ocupa profundidades inferiores a 1500 m. Entre estas duas massas de água, por vezes também se podem observar vestígios de Água Intermédia Antárctica, que se forma em torno da Antárctida. Até agora, a informação sobre estas massas de água nesta região só tem sido recolhida esporadicamente durante campanhas oceanográficas, o que não é suficiente para monitorizar as mudanças a longo prazo.
A nova estação de águas profundas é a primeira do seu género a monitorizar continuamente as condições nas águas profundas. Medindo as propriedades físicas e químicas das águas das diferentes águas, tais como temperatura, salinidade e quantidade de oxigénio dissolvido e dióxido de carbono – permitindo identificar quais as massas de água que estão a afectar o local e como as suas propriedades se alteram ao longo do tempo. Saber quão rapidamente as águas estão a aquecer e se estão a sofrer um esgotamento de oxigénio (como actualmente observado em todo o mundo), e qual as consequências para a Península Ibérica em termos de biota marinha e ecossistemas dos fundos marinhos.
A monitorização e uma melhor compreensão da saúde do oceano profundo é essencial num cenário actual de alterações mudança climatica.
A presença de vulcões de lama no Golfo de Cádis criam ecossistemas com características únicas no mar profundo. A libertação de fluídos ricos em gases como o metano geram condições para o desenvolvimento de vida baseada na quimiossíntese num ambiente, que de outro modo, seria hostil.
Os primeiros vulcões de lama no Golfo de Cádis foram descobertos em 1999 na região de Marrocos. Desde então, vários estudos multidisciplinares têm sido levados a cabo em toda a região contado já com mais de 70 destas estruturas geomorfológicas identificadas até à data.
Estudos efetuados nos ecossistemas dos vulcões de lama do Golfo de Cádis revelaram uma biodiversidade excepcionalmente elevada, tendo sido registadas mais de mil espécies, das quais, mais de 30, dependem exclusivamente da quimiossíntese para sobreviver.
O Golfo de Cádis está sob deformação tectónica activa e está sujeito a vulcanismo de lama e a processos associados com a migração e o escape para o fundo do mar de fluidos ricos em hidrocarbonetos. A região é caracterizada por mais de cinquenta vulcões de lama (um tipo de extrusão fria de material de origem sedimentar), a profundidades que variam entre os 200 m e os 5000 m, tendo-se verificado que vários destes vulcões de lama libertam activamente metano. Todas estas características revelam uma região tectonicamente activa que requer uma monitorização contínua. Portugal tem uma rede de monitorização de actividade sísmica em terra dirigida pelo IPMA. A estação profunda da região do Golfo de Cádis fornecerá medições offshore para qualquer actividade sísmica, bem como para o risco associado a tsunamis.
O banco submarino Condor está localizado a oeste-sudoeste da ilha do Faial, que pertence ao Arquipélago dos Açores.
Os bancos submarinos são uma característica típica em regiões com fundos marinhos vulcânicos e tectonicamente activos, especialmente nas áreas próximas da dorsal Meso-atlântica.
Esta região é de particular interesse científico, quer por se tratar de uma região tectónica activa mas também por providenciar um habitat único para a flora e fauna.
A abertura hidrotérmica, que é uma fissura na superfície da Terra a partir da qual a água quente sai, pode ser investigada com uma abordagem multidisciplinar. A fauna peculiar hospedada e as comunidades microbianas, a composição da água e a circulação são estudadas. Estando na cordilheira do Atlântico Central, onde as placas tectônicas divergem, o local permite estudar de perto as atividades tectônicas e vulcânicas.
Disciplinas científicas da EMSO: geociências, oceanografia física, biogeoquímica, ecologia marinha.
A abertura hidrotérmica, que é uma fissura na superfície da Terra a partir da qual a água quente sai, pode ser investigada com uma abordagem multidisciplinar. A fauna peculiar hospedada e as comunidades microbianas, a composição da água e a circulação são estudadas. Estando na cordilheira do Atlântico Central, onde as placas tectônicas divergem, o local permite estudar de perto as atividades tectônicas e vulcânicas.
Disciplinas científicas da EMSO: geociências, oceanografia física, biogeoquímica, ecologia marinha.
A abertura hidrotérmica, que é uma fissura na superfície da Terra a partir da qual a água quente sai, pode ser investigada com uma abordagem multidisciplinar. A fauna peculiar hospedada e as comunidades microbianas, a composição da água e a circulação são estudadas. Estando na cordilheira do Atlântico Central, onde as placas tectônicas divergem, o local permite estudar de perto as atividades tectônicas e vulcânicas.
Disciplinas científicas da EMSO: geociências, oceanografia física, biogeoquímica, ecologia marinha.
A abertura hidrotérmica, que é uma fissura na superfície da Terra a partir da qual a água quente sai, pode ser investigada com uma abordagem multidisciplinar. A fauna peculiar hospedada e as comunidades microbianas, a composição da água e a circulação são estudadas. Estando na cordilheira do Atlântico Central, onde as placas tectônicas divergem, o local permite estudar de perto as atividades tectônicas e vulcânicas.
Disciplinas científicas da EMSO: geociências, oceanografia física, biogeoquímica, ecologia marinha.